A jóia do atlântico
Ilha da Madeira
Uma ilha onde a paisagem reina sobre tudo!
Visitei o arquipélago da Madeira pela primeira vez em 2010 quando ainda não fotografava e, na altura, aproveitei para me maravilhar com o mundo subaquático de Porto Santo e visitar as coisas mais turísticas da Madeira. Em 2022 regressei à ilha da Madeira e fiquei completamente maravilhado com tudo o que esta ilha, com uma área relativamente pequena, tem para oferecer a quem gosta de fotografia de natureza. Aconselho vivamente este local a todos os que gostam de fotografia e caminhada.
Publiquei na altura uma pequena revista com cerca de 50 páginas dividida em 3 capítulos; o primeiro “A chegada” seguindo-se da “Viagem Monocromática” e por último “Descendo da Serra”. Na minha mais recente visita, já em 2024, repeti um pouco estes capítulos e as imagens que vão ver neste projecto são o resultado destas duas visitas.
As Montanhas da ilha da Madeira são impressionantes, atingindo quase os 2000 m, e erguem-se do Atlântico de uma forma imponente e majestosa. Estando rodeadas pelo oceano, a humidade e presença de nuvens baixas é uma constante, deixando qualquer pessoa que aprecie um bom espetáculo da natureza boquiaberta.
Apesar de haver mais Floresta para além do Fanal, é aqui que a magia acontece com grande frequência. Luz e atmosfera combinam lindamente com árvores cheias de carácter como estes tiles. A proximidade ao oceano e a elevação do fanal a aproximadamente 1300 m contribuem de forma crucial para a atmosfera vivida no local. Revistar este local pela segunda vez foi muito interessante. Primeiro porque foi aqui que, no início de 2022, “terminei uma viagem monocromática” que partilhei na minha zine “Jóia do Atlântico” que tinha tido início, não muito longe dali, pelo Pico Ruivo. Quando voltei, agora em 2024, reparei que continuo sem conseguir ver este local a cores, algo não bate certo, talvez o excesso de verde não me agrade. Assim sendo, continuei a fotografar a preto e branco.
Descendo um pouco mais, chegamos aos vales onde correm as levadas. Aqui, as paredes são verdejantes, húmidas e cheias de vida. É muitas vezes abaixo das nuvens que ouvimos a água correr e onde podemos encontrar outro tesouro da ilha: os ribeiros e cascatas que, com o tempo, moldam a pedra vulcânica característica da região.
A zona costeira da ilha é também muito fotogénica, no entanto, apesar de já a ter explorado, ainda estou a trabalhar num conjunto de imagens para vos apresentar no futuro.
